Autor: Alisson Martins Ramos
Orientador: Prof. Dr. Robson José de Cássia Franco Afonso
Resumo:
Ao longo das últimas quatro décadas, a preocupação com a qualidade da água para consumo humano vem ganhando destaque no Brasil. Neste período foram criados e aperfeiçoados marcos legais pertinentes ao tema, com o objetivo de reduzir os riscos à saúde humana ao atribuir diferentes responsabilidades aos atores sociais envolvidos. O município de Ouro Preto – MG está inserido no Quadrilátero Ferrífero, que em razão de suas características geológicas possibilitam a ocorrência de determinados metais e outros elementos químicos perigosos à saúde em seus mananciais hídricos. Além disto, atividades antrópicas, como a mineração, agricultura e atividades domésticas e industriais podem alterar as características da água. O serviço de abastecimento de água do município conta com estruturas de tratamento convencional e simplificado, em diferentes localidades. Diante da possibilidade de ocorrência destes elementos nas águas destinadas ao abastecimento público do município acima do valor máximo permitido pela legislação brasileira, este trabalho buscou realizar sua identificação e quantificação de elementos por meio da utilização da técnica de Fluorescência de Raios – X por Reflexão Total (TXRF). Além disto, o trabalho busca discutir a eficiência das estruturas de tratamento de água em remover estes elementos de forma a atender os parâmetros de potabilidade vigentes. As análises de água tratada de sistemas com tratamento simplificado apresentaram resultados insatisfatórios para os elementos ferro e manganês, nas localidades de Santa Rita de Ouro Preto e Mota, enquanto todas as análises de água tratada oriundas de tratamento convencional apresentaram resultado dentro dos parâmetros.
Palavras-chave: água para consumo humano, tratamento de água, metais na água, saúde pública, fluorescência de raios – X por reflexão total.