Autor: João Filomeno Pedro
Orientador: Prof. Dr. Cornélio de Freitas Carvalho
Resumo:
Os ligantes mais utilizados pelas empresas que produzem os machos para os processos de fundições são, em sua maioria, à base de resina fenólica. Esse tipo de resina proporciona a qualidade exigida nas peças produzidas, porém, custa um preço significativo em relação à qualidade no sistema produtivo, às questões de segurança do trabalho e também causa um impacto negativo ao meio ambiente.
Com intuito de estabelecer uma alternativa mais sustentável que atenda à qualidade, segurança no trabalho e seja menos nociva ao meio ambiente, foram realizados testes com resíduos de tintas em pó, sobra dos processos de pintura eletrostática. Esses resíduos contêm em sua formulação mais de 40% de resina poliéster que quando submetida à temperatura adequada, os tornam muito valiosos na função de ligantes de grãos de areia para se produzir os machos. Os resultados desses testes demonstraram que é possível substituir a resina fenólica nos processos de fabricação de machos pelo resíduo de tinta em pó.
As características do processo de fabricação dos machos com o resíduo de tinta em pó são diferentes dos processos em que se utiliza a resina fenólica. Por exemplo, o tempo de retirada dos machos dos ferramentais é maior, porém, a relação custo-benefício é favorável, além de proteger o trabalhador e não agredir o meio ambiente.